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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Os Sofistas- análise racional e cristã

Sofistas


Conceito

"Sofista" significa sabio, especialista do saber.

O termo "sofista" tem sua origem na palavra grega "sophistēs", derivada de "sophia" e "sophos", com o significado de "sabedoria" e "sábio", respectivamente. Esse termo foi criada por Homero, poeta da Grécia Antiga que nasceu e viveu no século VIII a.C., autor de duas das principais obras da antiguidade: os poemas épicos Ilíada e Odisseia, que a teria usado para delinear uma pessoa habilidosa em alguma tarefa e, com o tempo, a palavra passou a designar a sabedoria em assuntos ligados aos humanos, contrapondo-se a assuntos da natureza até chegar a designar um tipo específico de profissional, o sofista.

O termo, que em si mesmo é positivo, tornou-se negativa devido a posição fortemente polêmica  da avaliação de Platão e Aristóteles.

Somente no século
XX foi possível uma revisão sistemática desses juízos e, conseqüentemente, uma radical reavaliação histórica dos sofistas; e a conclusão a qual se chegou é que os sofistas constituem um elo essencial na historia do pensamento antigo.

Resumo sobre os Sofistas:
  •  deslocam o interesse da filosofia da natureza (physis) para o homem  
  • instauram um clima cultural que se poderia chamar com o moderno termo "iiuminista" ou período humanista da filosofia grega,  investigam a vida do homem como membro de uma sociedade)
  •  centram seus interesses sobre a Ètica, a politica, a retórica, a arte, a língua, a religião e a educação, ou seja, sobre aquilo que hoje chamamos a cultura do homem.
  •  criticam a religião em perspectiva  ateísta 
  •  criticam o conceito de verdade e de bem (relativismo moral) - destroem a imagem tradicional do homem 
  • consideram a virtude como objeto de ensino, ou seja, a virtude se funda no ensino.
  •  apresentam-se como mestres de virtude
  •  são expressões da crise da aristocracia e da ascensão politica das novas classes 
  • eram portadores de uma cultura pan-helênica

A passagem da physis para o Homem.
 A filosofia da physis pouco a pouco exauriu todas as suas possibilidades. Com efeito, todos os caminhos ja haviam sido palmilhados e o pensamento "fisico" chegara aos seus limites extremos. Desse modo, era fatal a busca de outro objetivo. Do outro lado, no séc. V a.C. manifestaram-se fermentos sociais, econômicos e culturais que, ao mesmo tempo, favoreceram o desenvolvimento da Sofistica e, por seu turno, foram por ele favorecidos.
 Fatores  que contribuiram para o surgimento da problemática sofistica:

  • Ocorreu uma lenta mas irreversível crise da aristocracia
  • acompanhada de crescente poder do povo; o afluxo cada vez mais maciço de estrangeiros ás cidades, especialmente em Atenas, com a ampliação do comercio, que, superando os limites de cada cidade, levava cada uma delas ao contato com um mundo mais amplo;
  •  a difusão dos conhecimentos e experiências dos viajantes, que levavam a inevitável comparação entre usos, costumes e leis heliniísticas, e usos, costumes e leis totalmente diferentes.  
Popularização do conhecimento 
A crescente afirmação do poder do demos e a ampliação da possibilidade de aceder ao poder a círculos mais vastos fizeram desmoronar a convicção de que a arete' estivesse ligada ao direito de nascimento, isto é, que se nascia virtuoso e não se tornava, pondo em primeiro plano a questão de como se adquire a "virtude politica". A ruptura do circulo restrito da pólis e o conhecimento de costumes, usos e leis opostos deveriam constituir a premissa do relativismo, gerando a convicção de que aquilo que era considerado eternamente valido, na verdade não tinha valor em outros meios e em outras circunstâncias. Os sofistas respondiam a reais necessidades do momento, propondo aos jovens a palavra nova que esperavam, ja que não estavam mais satisfeitos com os valores tradicionais que a velha geraçaõ lhes propunha nem com o modo como os propunha.

Dos sofistas, conclui-se uma oposição frontal contra os pré-socráticos ao substituírem a natureza de suas reflexões, interessando-se, basicamente, pelo principal objeto de suas reflexões, a arte da persuasão, o Homem e seu lugar na sociedade, perante uma educação racionalista e democrática, destinada à formação do cidadão, substituindo a educação tradicional, religiosa, conservadora e aristocrática; ensinavam a utilizar a arte da retórica, a qual permitia provar a tese e a antítese de acordo com interesses de seus discípulos. Essa indiferença pelo conteúdo permitiu-lhes uma crítica histórica, a enantiose, o contraste de suas opiniões em assuntos análogos.

A Sofistica se agrupa em quatro expressões:
1)  mestres da primeira geração, que não estavam em absoluto privados de reservas morais, e que o próprio Platiio considerou dignos de certo respeito;

2) os "Eristicos" (arte da controvérsia em palavras), raciocínios capciosos e enaganosos, perderam interesse pelos conteudos e também perderam a reserva moral que caracterizava os mestres;

3) os "Politico-sofistas", que utilizaram idéias sofistas em sentido "ideológico", com finalidades politicas, caindo em excessos de vários tipos e chegando até a teorização do imoralismo;

4) Sofistas "Naturalistas", que não se identifica com a dos mestres da primeira geração, e tomou o nome de "naturalista", enquanto contrapunha a lei positiva a natural, privilegiando a úlltima e relativizando a primeira.

1-Mestres da primeira geração:


Protagoras de Abdera (nascido entre 491 e 481 a.C.)- Utilitarismo e Relativismo

Foi o fundador do "relativismo" ocidental, que ele expressou na celebre formula "o homem é medida de todas as coisas das que são por aquilo que são e das que não são por aquilo que não são" (principio do homo mensura)", com isso entendendo que não existe critério absoluto para julgar o verdadeiro e o falso, o bem e o mal, mas que cada homem julga conforme o proprio modo de ver as coisas. Todas as coisas (os fatos e as experiências em geral). Medida (norma de juízo).

O único critério é somente o homem, o homem individual: "Tal como cada coisa aparece para mim, tal ela é para mim; tal como aparece para ti, tal é para ti." Este vento que está soprando, por exemplo, é frio ou quente? 
Segundo o critério de Protágoras, a resposta e a seguinte: "Para quem esta com frio, é frio; para quem não está, não ." Então, sendo assim, ninguém está no erro, mas todos estão com a verdade (a sua verdade). A água do mar em determinada praia seria fria ou quente? Essa sensação depende da sensibilidade de cada indivíduo; uns poderiam senti-la fria, e outros, quente. Em outras palavras, se um indivíduo pensa que uma coisa é verdade, tal coisa para ele será uma verdade, isto é, a verdade é subjetiva e relativa, sempre relacionada a indivíduos, seria não objetiva e não absoluta. Assim, a verdade estará em cada um e no que ele deduz de sua experiência singular. 

Quase tudo é relativo: não existe um "verdadeiro" absoluto e também não existem valores morais absolutos ("bens" absolutos). Existe, entretanto, algo que e' mais útil, mais conveniente e, portanto, mais oportuno. O sábio é aquele que conhece esse relativo mais util, mais conveniente e mais oportuno, sabendo convencer também os outros a reconhecê- lo e pô-lo em pratica.

“A Verdade”, a qual contém seu famoso princípio que expressa de forma lapidar o postulado essencial do ensino sofistico: "O homem como a medida de todas as coisas, daquelas que são por aquilo que são, e daquelas que não são por aquilo que não são", aparentemente, manifestando uma forma de humanismo relativista

Protagoras ensinava "a tornar mais forte o argumento mais fraco".
As Antilogias, que demonstra que "em torno de cada coisa há dois raciocínios que se contrapõe, isto é, em torno de cada coisa e possível dizer e contradizer, ou seja, é possível apresentar razões que se anulam reciprocamente.
Para cada tese é portanto possível trazer a baila argumentos a favor e contra (antilogia) e, por conseguinte, e possível, com técnica apropriada, tornar mais forte o argumento mais fraco: nisso justamente consistia a "virtude", ou seja, a habilidade do homem. Assim, o "verdadeiro" e o "falso", e o " bem" e o "mal" perdem qualquer determinação absoluta.

Todavia, nem tudo para Protágoras e relativo: com efeito, se o homem e "medida" da verdade, e "medido" pelo "útil" e pelo "danoso": estes, portanto, tornam-se referencias ultimas das quais Protágoras se proclamava mestre.

A "virtude" que Protágoras ensinava era exatamente essa "habilidade" de saber fazer prevalecer qualquer ponto de vista sobre a opinião oposta. O sucesso de seus ensinamentos deriva do fato de que, fortalecidos com essa habilidade, os jovens consideravam que poderiam fazer carreira nas assembléias, nos tribunais, na vida politica.

Viajou por toda a Grécia e esteve em Atenas virias vezes, onde alcançou grande sucesso. Também foi muito apreciado pelos políticos (Péricles confiou-lhe a tarefa de preparar a legislação para a nova co1ônia de Turi em 444 a.C.). As Antilogias constituem sua principal obra, da qua1 nos chegaram apenas testemunhos. Envolvia ensinar os jovens a defenderem determinada disposição para, em seguida, defenderem a posição oposta, a antilógica.

Quanto a crença em Deus ele era agnóstico:

"Sobre os deuses não tenho como saber (ouk échō eidénai) nem se existem (hṓs eisìn), nem se não existem e qual seria seu aspecto (idéan); muitas coisas, pois, impedem (tà kōlýonta) tal saber, como a obscuridade (adēlótēs) [da questão] e o fato de ser a vida (bíos toû anthṓpou) humana pequena/ ínfima" (brachýs) (B4-DK).


Gorgias de Leontini- (atual Sicília, Itália)-nascido por volta de 485 a 480 a.C. - Niilismo e retórica
Além de professor de oratória e retórica, foi embaixador em Atenas. Seu grande foco foi ensinar técnicas de persuasão, o que lhe valeu o título de “o pai da sofística”

Herda de Parmênides a temática ontológica (o ser existe, e o nao-ser nao existe), mas inverte os termos (o ser nao existe, e o nao-ser existe).  A sua obra filosofica mais importante intitula-se Sobre a natureza ou sobre o não-ser (que é uma inversão do titulo da obra de Melisso).

 Enquanto Protágoras parte do relativismo para implantar o método da antilogia, Górgias parte do niilismo para construir o edifício de sua retórica.
 
O tratado Sobre a natureza ou sobre o não-ser é uma espécie de manifesto do niilismo ocidental, Górgias, em seu escrito sobre o não ser, procurou desmontar as principais teses de Parmênides sobre o eleatismo, baseando-se nas três teses seguintes:

1) "O nada existe": isto se deduz do fato de que do ser (do Gorgias: principio) os filosofos precedentes deram definições diversas e opostas, demonstrando, com isso, que ele nao existe.

2) "Mesmo que existisse, não seria cognoscivel": o pensamento, com efeito, não se refere necessariamente ao ser - como queria Parmênides -, mas existem coisas pensadas que não são existentes (como, por exemplo, a Quimera). Górgias procurava impugnar o principio de Parmênides segundo o qual o pensamento é sempre é o pensamento do ser e o não-ser é impensável

3) "Mesmo que fosse pensável, o ser na o seria exprimível": a palavra, sendo um som, significa quando muito um som, mas nao aquilo que deriva dos outros sentidos, como por exemplo uma cor ou um odor. Esta doutrina toma o nome de "niilismo", enquanto põe o nada como fundamento de tudo. A palavra, perdendo qualquer relação com o ser, não e mais veiculo de verdade, mas torna-se portadora de persuasão e sugestão: se esta ação tem proposito pratico (por exemplo, convencer o publico em uma assembleia, os juízes em um processo), temos a retorica (oratoria); se, ao invés, tem proposito puramente estético, temos a arte.

Eliminada a possibilidade de alcançar uma "verdade" absoluta (a ale'theia),  só restou a Gorgias o caminho da "opinião" (doxa). Ele, porém, negou também a opinião, considerando-a "a mais pérfida das coisas". Procura então um terceiro caminho, o da razão que se limita a iluminar fatos, circunstâncias e situaçõess da vida dos homens e das cidades na sua concretude e na sua situação contingente, sem chegar a dar a estes um fundamento adequado.

 Sua posição em relação à retórica é nova e original. Se não existe verdade absoluta e tudo é falso, a palavra adquire então autonomia própria, quase ilimitada, porque desligada dos vínculos do ser. Em sua independincia onto-veritativa, torna-se (ou pode tornar-se) disponível para tudo. E eis que Górgias torna a palavra portadora de persuasão, crença e sugestão. A retórica é exatamente a arte que desfruta a fundo esse aspecto da palavra, podendo ser definida como a arte de persuadir, que no séc.. V a.C. tinha importância politica, "ser capaz de persuadir os juízes nos tribunais, os conselheiros no Conselho, os membros da assembleia popular e, da mesma forma, qualquer outra reunião que se realize entre cidadãos".

Para Protágoras, que se aproximou de certo agnosticismo, não se poderia afirmar com segurança pela fé se os deuses existiriam ou não, dado que esse assunto seria obscuro e a brevidade da vida impediria se encontrar uma resposta aceitável, dado o Homem ser limitado em seu conhecimento, cabendo-lhe tão somente a necessidade de ordem e de adaptação ao mundo como lhe é disponibilizado

Prodico de Ceos (nascido por volta de 4701460)
 tornou-se celebre pela descoberta da técnica da sinonímia, ou seja, da pesquisa dos termos sinônimos e das diferentes nuanças de seus significados. Esta permitia elaborar discursos sutis e convincentes nos debates públicos e nas assembleias.No campo da ètica retomou o utilitarismo de Protagoras, ilustrando-o em uma reinterpretação do mito do "Hercules na encruzilhada", que se tornou muito celebre.ou seja, diante da escolha entre a virtude e o vicio. Nessa reinterpretação, a virtude é apresentada como o meio mais idôneo para alcançar a verdadeira "vantagem" e a verdadeira "utilidade"
Também Prodico foi mestre na arte de discursar, e Socrates chegou a recordá-lo jocosamente como "seu mestre".
Segundo Prodico, os deuses são a hipostatização (isto é, a absolutização) do útil e do vantajoso: 

"Em virtude da vantagem que dai derivava, os antigos consideraram como deuses o sol, a lua, as fontes e, em geral, todas as forças que influem sobre nossa vida, corno, por exemplo, os egipcios fizeram em relaqiio ao Nilo." 


2- Os Erísticos
Alguns Sofistas, abusando da tecnica de refutação, sem ter qualquer ideal a realizar, perderam-se na pesquisa de jogos de conceitos e na formulação de dilemas insoluveis, do tipo dos raciocinios que ainda hoje chamamos de sofismas. Tais Sofistas são chamados de "Eristicos", homens empenhados na briga de palavras.  Eristica, a arte da controvérsia com palavras que tem por fim a controvérsia em si mesma.


  •  Os Eristicos cogitaram uma serie de problemas, que eram formulados de modo a prever respostas tais que fossem refutáveis em qualquer caso; 
  • dilemas que, mesmo sendo resolvidos, tanto em sentido afirmativo como negativo, levavam a respostas sempre contraditórias; 
  • hábeis jogos de conceito construídos com termos que, em virtude de sua polivalência semântica, levavam o ouvinte sempre a uma posição de xeque-mate. 
Em resumo, os Eristicos cogitaram todo aquele arsenal de "sofismas".


3-Os Sofistas Políticos
Derivam suas armas do niilismo e da retórica gorgiana, quando não da contraposição entre natureza e lei.

Crítias, na segunda metade do stc. V a.C., dessacralizou o conceito dos deuses, considerando-os uma espécie de espantalho habilmente introduzido por um homem politico particularmente inteligente, para fazer respeitar as leis, que, por si, não tem força para se impor, sobretudo naqueles casos em que os homens não são vistos pelos guardiões da lei.

Trasímaco da Calcedônia
, nas ultimas décadas do sic. V a.C., chegou até mesmo a afirmar que "o justo é a vantagem do mais forte"

Cálicles
chegou a sustentar que é por natureza justo que o forte domine o fraco, subjugando-o inteiramente.
Esses são os resultados deteriorados da Sofistica; a outra face, mais autentica e positiva, seri revelada por Sócrates.


4-Sofistas "Naturalistas
A corrente naturalista da Sofistica contrapõe a lei de natureza, que rege todos os homens, a lei positiva (ou seja, aquela feita pelo homem), que ao invés os divide. Hipias e Antifonte foram os dois maiores representantes dessse grupo.Chegaram  a formular uma forma de "cosmopolitismo" e "igualitarismo" entre os homens.

Hípias
 forma de conhecimento enciclopédico e por ter ensinado a arte da memoria (mnemotécnica). Entre as matérias de ensino ele dava amplo espaço a matemática e is ciências da natureza, pois pensava que o conhecimento da natureza fosse indispensável para a boa conduta na vida, a qual deve seguir justamente as leis da natureza, mais que as leis humanas.

A natureza une os homens, enquanto a lei frequentemente os divide. Portanto, desvaloriza-se a lei quando e a medida que se opõe a natureza. Nasce assim a distinção entre um direito ou uma lei de natureza e um direito positivo, posto pelos homens.

0 primeiro é eternamente válido, o segundo é contingente. Desse modo lançam-se as premissas que levario a uma total dessacralização das leis humanas, que serio consideradas fruto de arbítrio.

Em particular, salienta como, sobre a base da natureza (da lei de natureza), não tem sentido as discriminações das leis positivas que dividem os cidadãos de urna cidade dos cidadãos de outra, ou que dividem os cidadãos dentro da mesma cidade. Nascia, assim, um ideal cosmopolita e igualitario, que era novissimo para os gregos.

Antifonte
Antifonte radicaliza a antitese entre "natureza" e "lei", afirmando com termos eleaticos que a "natureza" é a "verdade" e a "lei" positiva é a "opinião", e que, portanto, uma está quase sempre em antítese com a outra. Chega a dizer, por conseguinte, que se deve seguir a lei de natureza e, quando isso puder ser feito impunemente, transgredir a lei dos homens.

Tambim as concepções igualitárias e cosmopolitas ja presentes em Hipias são radicalizadas por e chega a afirmar até a paridade de todos os homens, sem distinção de suas origens, "uma vez que por natureza somos todos absolutamente iguais, tanto gregos, como barbaros".

O "iluminismo" sofistico, portanto, dissolveu não so os velhos preconceitos de casta da aristocracia e o tradicional fechamento da pólis, mas também o mais radical preconceito comum a todos os gregos a respeito da propria superioridade sobre outros povos:

  • cada cidadio de qualquer cidade é igual ao de outra, 
  • cada homem de qualquer classe é igual ao de outra, 
  • cada homem de qualquer pais é igual ao de outro, porque por natureza qualquer homem e' igual a qualquer outro homem.
 Infelizmente Antifonte não chega a dizer em que consiste tal igualdade: no maximo, nos impele a dizer que todos somos iguais porque todos temos as mesmas necessidades naturais, todos respiramos com a boca, com as narinas etc.